Êxtase Descrito

  • 1
Já experimentou calar hoje à noite?
Cruzar seus dedos,
Abrir um livro que lhe cause êxtase?
Molhar a pena com tinta vermelha,
Escrever o que te sufoca.

É engraçado. Sempre há algo
Novo a revelar.
Não consigo manipular todo o psicológico.
Ninguém percebe que na verdade
Pouco sabem sobre mim.
Até eu. Custo a me entender.
Às vezes chego a desistir.

E a pena?
Já molhou?
Não, não acredito que está me dizendo essa bobagem,
Algo te sufoca sim.

Já se declarou hoje?
Eu sei, como telepatia.
Sei que ama. É mentira? Não. Você sabe que não.

Experimenta desafogar.
Ou afogar, como queira
Afogar seus desamores e,
Tentar entender seu eu.

Talvez passe a noite tentando,
Certamente prefere passar a noite sonhando.

Rígida Justiça

Passeando por entrelinhas
Hoje estão rígidas,
Quando as vi pareciam mais fracas.

Ontem quando te vi
Tentei consertar suas roupas rasgadas
Meus nervos e minhas mãos
Tremiam em plena harmonia,
Não é crime chorar
Estava me matando para agradar.

Escorreguei com a agulha
Até lhe furar
Não foi por querer
Por isso não foi crime.

Palavrinhas destroçadas
Assim como suas feridas
Expostas sem expectativas
De um dia curarem.

Rodeando toda a lua
Não há como se refrescar
A agonia da agulha
Até agora dilacera
Seus errinhos que acabei de perdoar.

Não, não foi por querer
E, também não foi crime
As paredes ameaçam desabar,
Por sobre nossas enevoadas barracas de papel
Não, não é crime.

Carol

  • 0
Sinto você,
Antes de dormir,
Sinto.
Quando acordo,
Sinto.
Sonhando,
Sinto.

Quando estamos pertinho,
Eu sinto.
Sinto quando estamos longe,
Nunca estamos longe.
Você mora aqui,
Pertinho de mim.
Num cantinho teu,
Abençoado por Deus.

Minha lágrima de amor,
Sinto.
Desce devargar pelo meu rosto,
Quando penso em você.
Minha inspiração,
Sinto... é você.
Assim que penso em você.
Nunca deixo de pensar em você.

Nem... Amo Demais.
Amo!

Flores Desperdiçadas

  • 1
A direção dos teus olhos
Apontava para os meus
Querendo reviver
Um pouco antes daquele quente adeus.
Pedias em silêncio para voltar
A escrever nossos nomes em árvores
E, a plantar.

Para que tantas palavras desperdiçadas?
Por que não ousa se calar?
Para que tantas flores murchas?
Pare de as desperdiçar,
Não vão vingar.

Nunca havia desemaranhado
Seu mar de mistérios tolos
Caminhava corrigindo seus erros,
Andava com seus amigos
Pensando ser venturoso,
Olhei as flores que nunca havia ganho
Nunca fiz tanta questão,
Nenhum poema escrito do fundo do coração.

Para que tantas mentiras?
Se nem a um cego de amor convencia.
A sua verdade disfarçada não me deixou calar,
Um dia descobri
Que vivo bem melhor sem teu olhar.

Chega de flores murchas ao pé do altar,
Não desperdice-as!
Chega dessa tentativa frustrada,
Não desperdice palavras,
Não me faz falta,
Não quero contigo me casar.

O Mundo

Mundo in-sano
in-verso
in-delicado.

Mundo pro-fano
pro-míscuo
pro-pagado.

Mundo des-denhado
des-cabido
des-ligado.

Minha eloqüência,
Reticências...

Renascença

  • 3
Acordei pela segunda vez na vida
Ontem pouco antes de dormir
Pensei está acabado
Ninguém percebeu,
Estava quietinho.

Tomei banho
Sentei no chão
Pedi a Deus
Para acordar de um pesadelo
Que raramente era intercedido
Por um sonho que acalentava.

Beijei meu crucifixo
Levantei a cabeça quase dormindo
E, saí,
O travesseiro parecia mais suave
Assim como o sorriso
Que dei em seguida,
Dormi tranqüila.

E decidi que se algum dia
Pensar em desistir,
Esquecerei,
Pois não há momento mais feliz.

Ressurgi. Acordei a terceira,
A quarta vez...
Todos os dias me lembrarei
Nunca mereci tanto como agora
E, um dia as dificuldades
Desistirão de mim
Pois jamais abaixarei minha cabeça novamente,

Deus é Pai, é o correto.
Amém!

Dores do Mundo

Para tirar minhas dores do mundo
Disse coisas inconcebíveis
E, num pequeno espaço de tempo
Olhei-me no espelho
Vi traços lapidados
Fizeram-me lavar a alma.

Por um segundo revivi meus pecados
Já não andava mais perdido
A cada passo parecia
Que algo de novo em mim nascia
Já os rastros um pouco apagados
Olhava e quase não via-os.

A semente que havia plantado
Acabara de vingar
Minha face desenhada
E, meus pés firmes no chão
Acabo de recomeçar.

A Porta

Se a porta estiver aberta
Não penses que pode entrar
Que o meu peito está vendido
Que irei seguir seu caminho.

Se acaso perceber um laço
Dê um grito lá de fora
Responderei que não notei
Ou que não estou disposta
A entender suas incertezas.

Já perdoei suas mentiras
Fui capaz de decifrar
Coisas que antes não sabia
Mas, você simplesmente não me conhecia.

E, se agora estou ditando
Como antes não fazia
Não fique perturbando
Minhas mágoas e tolices
Um sorriso percebido
É a minha anestesia.

E não penses que irá
Invadir meu sono
Pois já fiz tantos planos
Hoje dormirei tranqüilo.

O Que Eu Quero? - Segunda Parte

Não quero muito
Apenas um banco de praça
Onde eu possa sentar,
Pensar e,
Escrever uma poesia.

O Que Eu Quero?

Não quero muito,
Apenas um pedacinho
De papel
Com uma frase construtiva
Que eu possa ler
Quando quiser.

Sua Boca

Sua boca é um mistério
Que quero descobrir
Tem o toque que
A tanto quero sentir.
É a maneira que quero viver
És tudo que quero para mim.

Sua boca já decifrei em sonhos,
Invadiu meus pensamentos
E, em todos os momentos,
Quero-te para mim.

Minhas Vísceras, Meu Manto, Meu Pranto

Quando disse que eu era indecifrável
Só estava com sono
Você não soube observar
Admito, sou um mistério,
Enxergo mais do que posso revelar.

Minhas pupilas dilatadas
Quase se põem a fechar
Minhas vísceras, meu manto, meu pranto,
Eu não quero, não consigo me entregar.

Desvendando-me

  • 1
Ando revelando meus medos por ai
Surpreendo-me, como se ainda não me conhecesse
Revelei entre outras,
Minhas paixões passadas.

Existiu momentos em que era metade suspiro,
Metade amor.
Respirava sem lembrar da dor,
Que outrora atormentara.

Mas, o que seria de mim?
Reinvento-me a cada fim.
Paixões passam a cada estação.
Dedico-as, o meu abraço e ombro.

Descobri que não vou deixar de te amar
Primeiro porque não irei tentar,
Não quero,
E, se tentasse não conseguiria
Meu único amor, minha vida
Não há no mundo o que eu possa escrever
Capaz de traduzir o que sinto por você.

Brasil

  • 2
Vendo a luz dos faróis
As aventuras começarem
Berço da foz do belo rio
As paisagens magníficas
E, a verdejante floresta.

Oh, meu Brasil
Tu és o que ninguém mais viu
Não existe terra igual
O oposto do real.
A honra dos povos,
Das classes sociais,
Do mineral e, dos animais.
A ideologia de um sistema
As respostas distraídas.

Vejo sinais de existência
Concreto de uma biografia
Luz dos eternos túneis
História de vida.

Lapso

Ando meio distraído
Distante do que quero ser
Minha vida é uma poesia
Tudo que faço
E o que deixei de fazer.

De verso em verso
O outro capítulo vai se escrevendo
Se ainda tens dúvidas
Nada posso fazer
Eu sou feliz.

Perdi as contas
Das vezes que fiquei
Curtindo ou chorando,
Amando ou odiando.

Fale nos olhos o que pensa
E, os seus gestos de igualdade
A dose certa para a felicidade.

Ia, Poesia

Água ardente
Aguardente
Molha, olha
Minha mente
Regularmente
Grita, irrita
Emerge, ergue
Meu corpo, outro
Ressoa, pessoa
Sente, mente, sutilmente, ente
Amor, ardor
Pecado alado
Doce foste
Intempestivo, vivido, desinibido
Gostosa ora,
Boca louca
Beija-me, abraça-me
Quero-te, amo-te
Mim, ti.

Renascença II

Os meus olhos vêem
Não me convém acreditar
Minha sombra está de encontro ao chão
Depois de longos passos
Sai da escuridão.

Atormentara minha vida
Por longos anos
Agora levantei a cabeça
Não a deixarei cair.

Dei mais alguns passos
Revivendo a felicidade
Tenho certeza
Viverei sempre.

Primeira Poesia Que Escrevi

  • 1
Tenho algo a comemorar
As pessoas nascem, crescem e se reproduzem,
Não sei dizer porque,
Porém é algo importante o que um dia fez você nascer,
Era pequenino, mas um ser importante que um dia cresceu.

Foi alucinante, foi da noite pro dia,
Você me faz esquecer as coisas ruins do mundo
E, só me faz vê as boas,
Maravilhosas,
Sensacionais e especiais.

Se a pessoa sem carinho morresse,
Você seria imortal.
Estou sempre de braços abertos pra te amar.

O Momento Que Quero Arriscar

Devagar,
Sem alarde
Em cima de um arranha-céu
Gritando alto
Para saber se o silêncio
Se corrompe
Com uma nota musical.

Olho por todos os lados
Onde jogar a munição
A quem entregar o coração?
A ninguém!
Ele é só meu.

Meu escudo e redenção
Verdade, é fato
Não sei.

Ele é só meu
Só meu,
Meu!

Talvez

Talvez não seja assim tão tarde,
Talvez ainda tenha coragem,
Talvez não faça tanto alarde,
Talvez...

Talvez um dia beije-a,
Talvez sinta-a,
Talvez te ligue,
Talvez minta
Talvez...

Talvez esqueça,
Talvez não,
Talvez já tenha esquecido,
Talvez use o juízo,
Talvez,
Tal,
Vez.

Minha Armadura

Eu sou uma luz no fim do túnel
Por muitas vezes, uma luz sem claridade
Não tenho medo dos desafios
E este é mais um nessa cidade.

Entro em algo difícil
Nada posso fazer
Tenho que mudar minha vida
E enfrentar as avenidas
Antes de sofrer ponho minha armadura
Talvez com ela possa ter
Uma vida menos dura.

Quando um raio de sol aparece
É como se fosse
A realização de uma prece
Enfrentando todos
Do mais fraco ao mais intenso
Sem destino e sem documento.

Nem sempre ganho
Mais sempre luto
Não uso peta e barganha.

Tenho orgulho do que sou
A quem não gosta
Não posso me opor
Mas a poesia é apenas
Um dos dons que ganhei do criador.

Ninguém é Alguma Pessoa

Eu hoje estou pensando
No que vai acontecer amanhã
E se acontecer o que estou imaginando
É da conta de quem?

Ninguém manda em mim
E alguém jura que manda
Ninguém merece preocupações
Só quando a gente ama.

De repente bate a sensação
Do sim ou do não
A cada gota d`água
Que cai no meu rosto
Se eu sair daqui
Levo-te junto comigo

Queria algo que me prendesse aqui
Alguém que me amasse
Um minuto de melancolia
Ninguém tem nada pra falar
Só quando a gente quer ouvir
Alguém fala por falar
Coisas fúteis, desinteressantes
E até quem faz força não suporta.

Ninguém mais pensa nos outros
Alguém pensa em ninguém
E ninguém pensa em alguém
Alguém que me perguntasse alguma coisa
Uma coisa sequer
Seria interessante, mais não existe mais
Eu penso em mim e você em si!

Quando Éramos Criança

Quando criança nós escutamos
Conversa de adulto
E, não entendemos
Apenas quando obtemos
Um pouco mais de experiência.

Lembramos dos tais assuntos
Estes nos intrigam
Porem continuamos
Com a dúvida de sempre.

Brincando continuamente
Com carrinhos de rolimã
Sem entender o que acontece
Sem grandes obrigações e preocupações.

Com a tarefa de ser feliz
Não sabemos quase nada do mundo
Com a idade, chega o trabalho
E, a falta de tempo
Oh, que bom seria
Se pudéssemos ser sempre
As eternas crianças para brincar.

Agora sabemos
O que os adultos conversavam
Pois somos como eles
E, os problemas que pensávamos ter
Hoje não são tão graves.

Certo é que em todas as fases da vida
As dificuldades nos encontram
Mas a curiosidade vencida
Hoje está no rosto de outra criança.

Não as satisfazemos com explicações
Pois necessitam conhecê-las
Por ordem própria
O mais tardar que possa.

O Amanhã

Se tem uma coisa que aprendi com a vida
É que tudo passa,
Pode demorar, mas passa.

Deve ser exatamente isso
Que faz com que eu durma quietinha.
Sei que amanhã vai ficar tudo bem.

Fica tudo bem,
Graças a Deus!

Sou um Enigma

  • 1
E eu por um momento pensei ter perdido os trilhos
Agora percebi que estou sóbria.
E pensei não sentir nada
Quando na verdade nunca me senti tranqüilo,
Agora sim.

E teve na minha vida um momento de raiva,
Um não, dois.
E quando pensei que nada mais me surpreendia,
Eu nunca me senti tão enganado.

E teve um instante de drama,
E quando o acaso me fez lembrar dos desamores
Eu já havia-os esquecido.

E quando pensei não ter mais mistérios a revelar,
Descobrir que era um enigma.

Meu momento antigo,
Futurista demais,
Que ainda não cheguei a decifrar.

Pequenas Descobertas

  • 0
Deve ser assim:
Em toda música
Há introdução
Em todo laço
Por mais forte e duradouro
Pode haver separação.

Em toda poesia
Deve existir inspiração
Em todo passo
Há sim, um espaço.

Para toda novela
Há um final feliz
E, em toda peça de teatro
Há o ato um
E, o último ato.

Todo abismo
Por mais profundo que seja,
Passa. Tudo passa.

Todo mistério é revelado,
Nem que seja com o olhar.
Todas as pessoas
Já se entregaram a alguém
Se não, ainda se entregarão.
E, todas elas têm um amigo discreto,
Um estudioso e,
Um insensato.
Podem ter apenas um amigo
Com todas as características,
Pode ter milhões.
Ninguém vive sozinho.

Em todo livro
Há uma última página
Porém, seu conhecimento é eterno.
Em duas almas unidas
Por mais que seu dono padeça
Não morrerá,
Não haverá jamais desunião.

Soneto – O Casamento

Quem chegara nesse instante?
Acabara de vez com a tempestade
Ouça meu peito delirante
Que erma toda a saudade.

Beija-me a boca palpitante
Acabe de vez com a ansiedade
Entrara meu amor, avante!
Saíra minha promiscuidade.

Parar de almejar
Você até em consciência
É beber um gole de absinto.

Meu corpo se põe a acabrunhar
Se deixo de lado a insistência
Nosso amor és todo o infinito.

Soneto – Segundo Ato Descoberto

Uma avenida de elogios
Um traço estampado
Luz que ilumina meus caminhos
Sentimento declarado.

Sem tormento, sem desvios
Caso encaminhado
Tão bonito quanto lírios
No meu corpo desenhado.

Um sentir tão simples
Que meu braço hieroglífica
Meu caminho só de ida,

Não há como ter saudades
Se teu traço em mim fica
Traduzindo és minha vida.

Soneto – Primeiro Ato Descoberto

Lembro-me de ti! Nossos braços enlaçados
Invadiu-nos um barulho silente
Uma chama eloqüente
Meu peito não mais isolado.

Peito agora esbroado
E, caminho calmamente
Pensando no que fiz de indecente
Para não mais cometer esse doce pecado.

Continuo buscando o insensato
Lembrando-me do calor do teu abraço
O que fizemos no nosso primeiro ato.

Gentil é meu pranto sozinho
Rompeu-se mesmo sendo duro como aço
Em mim cravado está o teu carinho.

Relíquia - (Tema do livro Sra. Liumbberg)

Dedico-te minha mais sincera poesia
Do mais sincero sentimento
Do mais eterno dos momentos
Do mais sutil dos afagos.

Dedico-te meu amor inteiro
Minha vida toda ela
Meu tempo a ouvir teus segredos
Meu templo és nosso senso
De amor e enleio.

Dedico-te minha amada
Minha mão em teus cabelos
Por completa a minha alma
Tu és poesia, minha relíquia
O verso mais bem guardado
Que escrevo em minha vida
Sobre um coração apaixonado.

Sua alma dedicada
A minha alma agora está
A luz que abrilhanta
Nosso olhar a enlaçar
Abençoa nosso amor
A força que abençoa o céu e o mar.

Cena

Nunca entendi muito bem:
Por que as novelas
Sempre tem um final feliz?

Sei que vai me dizer:
“Não teria graça
Se o mocinho morresse
O bandido enrricasse
E vencesse”.

Sim! Não teria
Mas, acaso nunca perdeu
Um amor pra mentira?

E, por que é sempre no último capítulo
Que as coisas acontecem?
Os mocinhos e os outros núcleos se entendem,
Os bandidos confessam seus crimes,
Vão para a prisão,
Se arrependem e,
Não voltam para a vingança.

A novela na é o espelho da vida?!
Acaso conhece uma vida assim?

Por que os coadjuvantes
Não vencem no meio,
Os bandidos de vez em quando
Acabam bem e,
O mocinho não esquece
A mocinha depois de uma série de falhas?
Afinal, nenhum amor resiste a tanto.
Havia esquecido,
Eles não brigam por falhas próprias,
Pois elas não existem.

Encontram-se no primeiro capítulo,
Surge um amor eterno.
Sim! É claro que acontece
Mas, precisa ser sempre assim?

A vida é assim?

Amor em Segredo

Alheio é peito
Não me deixa em sossego
Sigo os passos,
Do alto
Com a cabeça fora do lugar.

Um amor tão grande
Tão distante
E eu pude esboçar
O desenho da tua boca
Numa outra,
A minha, pequenina.

Amor sincero
Dos mais belos
Que já senti
Dedicado ao passo
De haver só ti
Diante de mim!

Plenitude

É que às vezes parece
Que o coração desabrocha
E mostra a ti
A virtude.

O arrepio na espinha,
O enleio no coração
A noite está ai
As luzes acesas
Você e a imensidão

A falta de juízo
Que acorda a loucura.
Gritou!
Baixinho para ninguém escutar
Só queria se libertar.

E de repente o silêncio
Deu lugar a sua voz
Desejo interior.
O dia está ai
Ver o sol
Enxergar-se limpa
Chorar e sorrir.

E, minha alma se arde em paixão
A noite calminha
Mostra-me a plenitude,
A libertação, o sentimento
E a razão.

Laço de Amor

Minha outra cabeça
Minhas duas outras pernas,
Meus braços
Meus olhos
Minha festa
Consagração
Laço de amor.

Minha alma,
Flor
Ardente em meu corpo
Paixão tórrida
Laço de amor.

Metade que encara
Minha alma
Em flor
Do amor
Sabor
Enleia
Minha cabeça
Minhas pernas
Meus braços
Meus olhos
Laço de amor.

Suave Enleio

Quero gritar
Confesso, não dá
Pois quem está em minha frente
Não pode escutar.

Posso gritar,
Sim!
Apenas para mim
E, meu mundo ouvirá
O que tanto quero declarar.

Só agora posso respirar
E assim me libertar
Meu corpo acabara de falar
Quem em nada mais
Sou capaz de pensar.

A Eterna Expressão

Em mim está agora
A eterna expressão
Apenas a eterna expressão
Do laço modificado pela razão.

A saudade
Afetava-me o coração
Apenas afetava o coração
Pouco antes de perceber
A eterna imensidão.

O mundo gritou alto
Mas, só eu ouvi
Pois gritara dentro de mim:
A vida acabara de começar.

O Concretismo Polêmico

a mente
regularmente
a mente
moralmente
a mente
indigente
a mente
solvente
a mente
gente
a mente
ente

O Livro

Sinto vontade de comê-lo
De a cada raio de sol explorá-lo
Sei que não é por acaso
Encontro explicações
Ele é uma obsessão
Pra mim uma eterna inspiração.

Ele é bonito e charmoso
Cheio de tesouros
E nem o mais valioso ouro
Paga uma página do seu saber.

À noite, antes de dormir
Beijo-o ardentemente
O que ele me deu um dia
Sempre vai estar na minha mente.

Sou tão apaixonada
Amo suas humoradas piadas
São anos de casamento
E a certeza que não haverá sofrimento
Pois não haverá separação.

O que consigo ao seu lado
É inútil tentar esquecer
Não consigo dormir sem te olhar
E no próximo dia
Vamos nos encontrar.

Às vezes brigamos
Não concordo com algumas coisas
É natural nessa relação tão surreal
Não tenho ciúmes.

Sempre o quero ver
O empresto sempre que posso
Se é o melhor pra mim
Também é o melhor pra você.

Sempre teremos nossa história
De vida e glória
Eu e meu livro
Um grande amor e eternos suspiros.

L iberdade, que ao lado da nobre
I nteligência, representam uma
V ida de eterna dependência, vejo o
R eal lendo o surreal,
O meu casamento será continuamente.

Insígnia

Nada me convence
O novo aparenta envelhecer
O decrépito espera a hora
Do aqui jaz.

Não confio em coisa nenhuma
Não contemplo, nem converso,
Não sinto, mas me alimento.
As desgraças não me atraem
E, a televisão não me distrai.

O mundo é uma insígnia
E para provar que estou viva
Uso a poesia
Não sou nada do que pensas
Existe sempre a esperança.

Das lembranças importantes
Estás lá, das vidas de cá
Não explanas o que sentes
E, as doses de loucura
De um mundo misterioso.

O Meu Amor

Fogo que queima a vida
Medo sem instinto
Oh, menino!
Pois amo você.

Comparações e sugestões
Amigos e inimigos
Enfrentando guerra e paz
Amo-te cada vez mais.

É algo forte
Não sei explicar
É duradouro
Como é bom te amar.

Os anos se passam
O meu amor continua
Todos cheios de graça.

Inspiração Recebida

Fugindo de tudo e de todos
No bolso apenas a ousadia
Dos mais diversos sentimentos
A expectativa e a nostalgia.

Como é possível ter medo
Se é isso que sempre quis?
O trabalho às vezes incomoda
Estou vivendo por um segundo.

O tempo está passando
O corpo quer explodir
A mente não se inspira
O tudo não relaxa.

São versos de um poeta
Com uma boa agonia
Antes de entrar no palco
Para recitar sua poesia.

Difícil é a Vida

Difícil é a vida
Falta força muitas vezes
Para chegarmos ao fim do dia
Com todas as obrigações cumpridas.

Difícil é a vida
As dificuldades da família
Problemas enfrentados
Os detalhes percebidos.

Difícil é a vida
Para lembrar de tudo um pouco
Olhar para os nossos filhos
Abrir o jogo com o destino.

Difícil é a vida
Não quero ser melancólica
O importante é viver
Essa é a história.

Ode

Temos boca para falar
Ouvidos para ouvir
Nariz para cheirar
E olhos para olhar.

A loucura, a felicidade e a fantasia
Provém da cabeça e a agonia
As injustiças da vida que são cometidas.

Temos pernas para andar
Braços para balançar
Mãos para pegar
E unhas para cortar.

Correr, pular, buscar e ser feliz
Provém do corpo, da mente
Do seu desejo e do tanto quer lute.

Temos vida para viver
Amor para aproveitar
Livros para ler
Temos direitos e deveres
E temos mais deveres que direitos.

Protesto, apoio e desespero
Provém do nosso mundo
O que estamos vivendo
Pensando num mar de rosas
Ou pisando nos seus espinhos?