(Des)luto

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“Erva Venenosa (Poison Ivy)” é quarta música do disco “3001”, lançado no ano de 2000, de Rita Lee Jones. Foi a primeira canção que escutei da maior diva do rock brasileiro. Começou, então, algo maior que um casamento, pois sempre tive a garantia de fidelidade. Isso só parte de mim. E sou segura do que sinto sempre que sinto. Alguns momentos foram de profunda loucura e idolatria, em outros estive mais contida, mas não com menos loucura. O grande problema é que nunca havia imaginado que Rita Lee existia de verdade. Como disse Lispector um dia: “a vida é sobrenatural”, e foi assim que sempre vi a minha diva Lita Ree. Para minha surpresa – Susto! – Descobri que ela é real na última música de seu primeiro show que assisti. Aquele solo de “Ovelha Negra” é tão surreal que parece mentira. Aquilo arrepia a alma. Ela existe. Sou “fãmília” de alguém de verdade, como se um dia eu tivesse duvidado de minha imaginação...
“São coisas da vida e a gente não sabe se vai ou se fica” são dizeres de minha canção favorita. E advinha quem canta? Mas não há luto na música e muito menos em mim. É mais que um casamento, não?
Quaisquer outras palavras cairiam mal, não é possível descrever o sobrenatural. São coisas que só quem sente sabe como é. E eu sinto, sim! Sinto Rita Lee.

Keidy Lee.