E(u)rro(ei).

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Eu, filho da vítima que sou e do assassino de mim mesmo.
Que sou eu além do orgulho insuspeito estampado na face?
E o tempo me diz:
- O que fazer, o que pensar de errado?

E, de vez em quando, gosto de pensar que sou importante:
Sou o principal em alguma coisa perdida no tempo estranho de minha mente.
- O erro sou eu.
Sou a representação inquieta e quase apostólica do erro.

Dizer que até o errado é muito para mim é errado também.
E é errado porque de tanto saber de minhas linhas descompassadas
Percebi que de fato elas existem.
Sou dois:
Sou o maior erro e a maior percepção do erro.