Meu Desuso

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Habita em mim, algo que não sei dizer o que é,
Na noite vive, perturba sem dó,
Lembro-me da última vez que apareceu
Não dei gritos de socorro, acostumei-me.

Quebrada foi a vidraça como sorrisos que não enganam
A tristeza bordada com sangue na face é visível.
Ontem no quebrar da barra apurei
Meus olhos acesos pela chama calada da noite passada.

Abateu-se a suspiros solitários sem escrúpulo algum
Minha falta de prudência comum,
Conselhos mal dados por mim a mim
Desistiram e saíram sem livrar-me de peso algum.

Meus pensamentos assumiram seus anseios futuros e
Passam noites a pintar sem entendimento
Coisas desusadas há anos. Parei de me usar há anos.

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