Parentes de Primeiro Grau

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Do nada tudo se decifra e, é do nada que entendemos a precisão de romper com o sangue que jorra. Somos filhos da iminência, adoradores da magnitude.
Acabei de quebrar um emblema e, dormindo atento acordei sem entender. O emblema parece não me pertencer – essa não é uma informação confirmada, nada é confirmado –, mas como sempre está aqui dentro do mundo, o mundo sou eu. Não sou inimigo de mim nem mesmo teu, não sou o realce do medo, essa face de meu lado obscuro esfacelou-se no chão.
Devo ser talvez alguma parte perdida de uma face distinta de dentro de meu coração que insiste em se recuperar. Até parentes próximos da idiossincrasia consultei mas, seria muita pretensão estabelecer uma certeza. Nós somos o que guerreamos dentro de nós, o que somos capazes de entender e duvidar, de contestar. Somos um misto do nada e do mundo, do tudo e do absurdo. Sei que não tenho dúvidas, mas as certezas estão bem longe de mim, a dois passos no escuro, quando se encontra o clareado. Mas não confunda isso como uma tentativa desesperada de nomear o absurdo! Não é isso! Quando digo que não tenho dúvidas evidencio que elas sumiram porque se tornaram minha curiosidade e anseio latente.

3 comentários:

Carla disse...

Somos tantos em um só, né?
Tantas coisas pra desvendar, superar, criar!
Bjo.

Branca de Neve disse...

Up date: adorei o novo template!
Bjo.

Rafaela Abreu disse...

Que boa maneira de lidar com a dúvida. Confesso que tenho problemas terríveis com minhas dúvidas. já tive mais, claro! Mas dúvidas não vão embora assim tão rápido.... é sempre uma questão de tempo.

'tempo, tempo, tempo... és um senhor tão bonito'

nem sempre tão bonito, eu acho...