A Criatura

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Que desprezível criatura, não se move, não se mistura,
Não se sente, que tem coragem, mas não tem vontade.
Não sabe o que procura, embora saiba o que quer.
É detestável nas escuras,
Ser simpática não é um dom.
Adorável não sei por quem, não sei porque seria assim.

Mas é uma bondosa criatura,
Que tem medo de viver,
Que tem vontade de morrer,
Que tem vontade de viver,
E, que não tem medo de morrer.
Não é dramática a criatura,
Ela só é muito só.
Ela só sofre só.
Ela só ficou só,
E jamais será completa.

2 comentários:

Unknown disse...

Adorei seu Blog!!!
Me identifico muito com o gosto pela poesia
Parabéns o/

Anônimo disse...

Lindo post, amiga.
Nada começar a manhã com toda essa inspiração, viu?
Bjo.