Ode a linha do infinito que pousa e repousa

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Milagres acontecem no meu velho canto,
Dispersão do silêncio, nos cantos que nem eu agüento.
Minha dor, meu amor, meu prazer, meu temor.

Tudo é grande mistério,
E o meu velho cantinho se esvai
Como bolhas que se estouram,
Como a dúvida quando temos que fazer uma escolha.

O que é o destino?
Somos seres tão distintos em busca de equilíbrio.
Somos passos trilhados ao acaso,
Somos passos planejados.

Na linha do infinito,
Está o ódio e o amor bandido
Meu velho canto se desconstrói,
Minhas velhas cicatrizes reabrem
São instintos.

5 comentários:

! Marcelo Cândido ! disse...

realmente lindo
! ! !

ElderF. disse...

Bem suave sua escrita,
Abçs.

Madamefala disse...

"Na linha do infinito,
Está o ódio e o amor bandido
Meu velho canto se desconstrói,
Minhas velhas cicatrizes reabrem
São instintos."

gostei muito disso.
Infelizmente nunca nos livramos das velhas cicatrizes, e elas teimam em reabrir num circuito cíclico...impressionante.

beijo!

Analista de sua própria vida disse...

É a náusea de viver que se apodera dos poetas em escritos como o seu. A náusea de que falo é a de viver neste mundo cheio de contradições. A poesia, neste caso, é uma maneira que possuimos para nos debruçarmos sobre este mundo e - quem sabe - entendê-lo.

Carla disse...

Lindos versos, amiga!
Bjo.