Reparos em duplo sentido

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Reparei que a lua é linda em suas múltiplas faces
E, não apenas quando se torna plano de fundo
Para um casal de apaixonados.

Reparei que a poeira se mistura às sensações
E que essas sensações são traços perdidos a cada segundo.
É única e por isso é plena.

Sentimento repetitivo é um passo ao indeciso,
A minha mais bela coletânea e o seu clássico sabor
Apresentam-se despidos.

Não há necessidade de olhar o céu como uma obrigação do amor,
Não é preciso pensar mais calmamente,
Pensar pulsantemente como uma obrigação do amor.

Esse amor que o mundo me mostra
É na verdade o que o obrigo a sentir,
Por desprendimento, por equilíbrio,
Mas não por obrigação.

Por obrigação devemos olhar o céu, pensar calmamente,
Infinitamente pulsar, talvez titubear,
Levantar e lutar.

Não por obrigação do amor,
Não porque o momento é singelo,
Mas porque é preciso viver.

Não esmaguemos as entrelinhas esperando boas sensações.
Somos sim, capazes de escrevê-las.

7 comentários:

Andréa Pinho disse...

Viver já é uma tradução do amor =)
Bom te ver, me avise quando for lançar seu livro.

Andréa Pinho disse...

Viver é a própria tradução do amor =)Bom te ver, me avise quando lançar seu livro.

Andréa Pinho disse...

Viver é a própria tradução do amor =)Bom te ver, me avise quando lançar seu livro.

Darlan disse...

Ótimo. E concordo contigo, amornão é obrigação, não devemos ceder a essa necessidade que todo mundo nos impõe de estar junto, acompanhado, amando e olhando a Lua romanticamente. Nem sei se o texto era realmente sobre isso, mas foi por aí que eu li.. rs Gostei bastante, um beijo.

Carla disse...

Nem preciso dizer que gosto de tudo o que vc escreve, quilida!
Saudade daqui, viu?
Bjo.

Monstrinha disse...

Realmente, alguns cliches assassinam a a espontaneidade do momento, e até mesmo a beleza dos próprios cliches!

Madamefala disse...

Faz tempo que não venho aqui...que lindo esse texto, que sutil...gostei muito.

"A minha mais bela coletânea e o seu clássico sabor"

perfeito.

beijinhos