Ilustríssimo Eu...

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Ilustríssimo eu,
O que são conexões a quem se perde constantemente?
E os instintos que me salvam e perduram ao mesmo tempo?
Do lado oposto de minhas indecisões,
Como um caso impreciso de amor e ódio e,
De sensações vagas e de olhares profundos.

Ilustríssimo ser que vive dentro e fora de mim,
O mais longe que consigo te enxergar,
É no burburinho e no sossego,
Sigilo e segredo que apontam,
Ora afloram, ora desbotam,
Ora se escondem dentro de mim.

Mas eu sei, ele está aqui,
Só tenho que finalizar baixinho,
Para que meu burburinho não acorde e,
Eu tenha que passar a noite cantando,
Músicas de acalanto em voz suave,
Mesmo que o conteúdo da canção seja um tanto grave.
E você não mais se acalme,
Até vir pedir a divisão de meu café,
Que já fiz pouco, só pra não ter de ficar acordado,
Lembrando de minhas rimas, falhas e pecados.

Ilustríssimo eu,
Devo dizer que saio de fininho,
Como uns delineiam, despercebido.

3 comentários:

Juliana Carla disse...

Será que o antônimo um dia se tornará sinônimo? O encontro do sol que germina a terra... No calor se moldará o que busca... Um novo "eu" despertará mais cedo ou mais tarde sem borrões...

Lindos versos.

Abs

! Marcelo Cândido ! disse...

ILUSTRE
! ! !

Branca de Neve disse...

Dentro de nós habitam muitos serem e, porque não dizer, ilustríssimos, né?
Somos uma miscelânea de contradições.
Bjo, quilida.